Friday, May 29, 2015

Imagine ChaMel - 3° Temporada







Capítulo 55 - Amor tem tempo?



POV's Kamila


Fomos andando até que chegássemos ao prédio. Alex parou na minha frente antes que eu entrasse, ou ao menos o porteiro pudesse nos ver. Ela não falava nada. Então não quis fazer diferente, e apenas o olhava também. Após algum tempinho não me contive e quebrei logo o silêncio:



- Não vamos falar nem fazer nada?


Ele deu uma breve risada.


- Só quero ter certeza que amanhã você não vai voltar a me odiar e voltar tudo de novo.

- Posso te falar a verdade? Hoje foi tudo uma ilusão da sua cabeça e eu, sou apenas miragem e você alternativo. Nada além do surreal e imaginário.

Desta vez rimos juntos.


- Até amanhã? - perguntei

- Por mim poderíamos ficar andando por ai a noite toda, mas...
- Mas, temos juízo o suficiente para irmos para casa, né?
- O suficiente eu não tenho não - ele riu - mas eu vou pra casa sim 
- Assim que eu gosto - me apoiei no ombro dele e dei um beijo em sua bochecha e me afastei
- Só isso? - ele segurou meu braço


Sorri



- Boa noite, Alex - virei e entrei no prédio.

POV's Kamila Off

No final da noite, Manuela, Matheus o filho e a mãe voltam da festa de aniversário. Matheus põem o filho para dormir enquanto Manuela, no quarto do namorado, tira a maquiagem.

- Pronto - disse o menino entrando no quarto 
- Já? Hoje foi rápido - Manuela respondeu sem olhar pro namorado
- Pois é, também do jeito que ele brincou agora, era o mínimo - um sorriu para o outro
- Ta cansado? - perguntou a menina enquanto levantava e ficava próxima ao namorado
- Não muito - Matheus respondeu enquanto segurava a namorada pela cintura, o que fazia com que seus corpos se juntassem - por que da pergunta?
- Nada, só pra saber - eles se olharam e Matheus roubou um beijo, que sem muitas delongas foi correspondido por Manuela, que segurava a cabeça do namorado, intensificando o beijo. Ela passava a unha pelas costas nuas de Matheus, ele, de algum modo, juntava ainda mais o s corpos dos dois. E em uma fração de segundos, sem pressa, eles deitaram, um em cima do outro na cama do menino. Manuela foi aos poucos parando o beijo, sabendo o que viria a seguir, eles se olharam, ofegantes, ela como quem dissesse "Desculpe-me" e ele com o "Tudo bem", Matheus rolou para o lado da namorada e por alguns minutos fitavam o teto, e só se ouvia a respiração frenética dos dois.

- Você acha que amor tem tempo? - ela soltou 

- Depende do sentido empregado a "amor" - Matheus respondeu em seguida
- Não amor sentimento, amor de algo a mais - Manuela se referiu indiretamente
- Acho que sem o amor sentimento, não tem o segundo amor - ele tentou prosseguir do mesmo modo
- Mas o amor de sentimento pode ser momentâneo, durar horas ou alguns dias, então o segundo amor iria vir rapidamente, assim, sem muito tempo.
- Aonde quer chegar com isso?

Manuela respirou fundo.

- É que eu ainda não me sinto segura o suficiente, ai não sei, fico me perguntando se isso se relaciona com tempo e tudo mais.

- Mas nós vamos encontrar o nosso tempo.
- E se o seu tempo vir antes do meu?
- Eu vou esperar.

Manuela sorriu ainda sem olhar Matheus.

- Quando encontrou seu tempo com a Laura, como se sentiu?

- Não da tempo de sentir, simplesmente acontece.
- Mesmo? - agora ela se virou pra ele.
- Mesmo. - eles se beijaram e foram dormir.

POV's Melissa


O primeiro dia na Califórnia passou rápido. No dia seguinte levantamos cedo e logo fomos tomar café da manhã. Como de costume, sentamos todos na mesa da cozinha, meu pai na ponta, minha mãe a sua direita, eu a esquerda e Larissa no meio dos dois no carrinho. Comentamos sobre a viagem e como passamos a noite, enquanto a Maria colocava a mesa. 



- Hum - começou meu pai e voltamos a atenção à ele - depois do café vamos visitar sua nova escola.
- Mais já? Acabamos de chegar - comentei
- Claro, e o diretor fez questão de conversar pessoalmente com a gente, então, temos que ir.
- Ah, mas porquê será que ele quer falar com vocês pessoalmente? Nossa, não consigo entender - fui irônica e eles riram


Com o final do café da manhã fomos nos trocar. Devo admitir que fiquei por alguns minutos apenas apreciando a vista maravilhosa da janela. Em uma das malas peguei minha roupa e uma necessaire com outras coisas. A tela do celular ligou e apareceu uma mensagem do Brian, ele perguntava como estavam as coisas por aqui e como foi a viagem. Contei por áudio tudo o que aconteceu, ele tentava mostrar que estava feliz, mas, sei que ali nas entrelinhas não era bem aquilo. E com isso comecei a perceber o que é mesmo essa saudade. Era recente, eu sei, mas era como se dias tivessem se passado. Ele já fazia falta e não pude me conter. Aquela bendita lágrima insistiu em cair e ele percebeu em minha voz como eu estava abalada. Me pediu que me acalmasse, ele também sentia minha falta, mas teríamos que saber lidar com a situação. Conversamos um pouco mas ele teve que sair. Terminei de me arrumar e fui ao encontro de meus pais.





Não demoramos muito para chegar à escola. O diretor já nos esperava na recepção e meus pais e ele foram para sua sala. Comecei a dar algumas voltas pelo colégio, ele era enorme e não muito difícil de se perder. Enquanto tentava prestar atenção no detalhes dos corredores e as salas de aula acabei de encontro com outros três - prováveis - estudantes conversando em um dos bancos da escola.



- Oi?! - os cumprimentei em inglês (N/G: vou escrever em português mesmo, fica mais fácil para mim e para vocês.) 
- Oi - eles disseram em uníssono e se levantaram 
- Podem me ajudar? Preciso chegar a recepção de novo - sorri torto
- Ah, uma novata - uma menina, loira e de olhos escuros disse
- Pois é...
- Mas eu tenho a impressão que te conheço de algum lugar - desta vez, outra menina, morena, quem disse
- Droga - soltei baixinho - acho que não, cheguei agora na cidade.
- Gente, ela quer saber o caminho, não se a conhecem ou não... - um menino, moreno em cabelo e pele que deu a voz - Ah, e claro, deixe-me apresentar, Aindan.
- AnMarie - a morena se pronunciou
- Liza - foi a vez da loira
- Prazer, Melissa
- Melissa? Adora esse nome! - AnMarie disse e sorri de canto, agora caminhávamos de volta para a entrada
- Vai estudar aqui? - Aindan perguntou
- Acho que sim, meus pais estão conversando com o diretor.
- Nossa, em um domingo? Seus pais devem ser muito importantes...
- Ah, sei lá, eles só vieram - dei uma risada rápida - mas, e vocês? Porque estão aqui?

Eles se entre olharam.


- Por que... - Aindan tentou explicar

- Por que eu esqueci minha jaqueta na sexta aqui - ela mostrou a que estava no braço - e como eles não abriram ontem , pediram que eu viesse buscar hoje
- Isso! - Liza e Aindan concordaram
- Ah - conclui para não prolongar o assunto
- Aindan, AnMarie - uma moça da recepção os chamou - a mãe de vocês esta ao aguardo lá fora
- Obrigada - respondeu AnMarie - bom, temos que ir, Melissa, foi um prazer conhece-la.
- Mas, se for vir amanhã, nos vemos no primeiro período - disse Aindan
- Claro, o prazer foi meu - sorri - até amanhã
- Até - os três responderam juntos e atravessaram a porta de entrada.

Não demorou muito também para que meus pais saíssem da sala do diretor. Eles davam risadas e o Sr. Brown insistia em fazer comentários em elogio a eles, e como seria um prazer ter-me como aluna. Após a visita fomos conhecer a cidade, fomos à uma exposição de arte maravilhosa que estava temporária na cidade, almoçamos a beira mar e curtimos ao máximo o tempo juntos. Depois fomos para casa, meus pais falaram com meus avós, a Lua, Sophia e suas famílias. Passei o resto tarde no "segundo quarto", qual eu ainda não pensei em um nome bom o suficiente para ele. Li mais algumas páginas de "Looking for Alaska" (Quem é Você, Alasca?) que comprei quando chegamos ao aeroporto. Mas a verdade é que eu não conseguia tirar minha conversa com Brian da cabeça e quando percebi, Thousand Years saia de minha boca, sem que eu controlasse.



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E ai, amores, como estão? Finalmente mais um capítulo para vocês. Gostaram?

Não se esqueçam de comentar. Obrigado por ler.