Saturday, March 19, 2016

Imagine ChaMel - 3° Temporada







Capítulo 59 - Manuela evita Matheus


Pov's Melissa

     Os dias foram passando, consegui me aproximar mais de AnMarie, Aidan, Andre e até mesmo, pasmem, de Liza. Nos permitimos a conhecer os outros um pouco mais. Os dois dias seguintes não mudaram muita coisa em relação aos meus pais e a frequência qual falei com a Kamila e com o Brian, isso me fazia mal, mas, quando eu me dava conta, já eram 3 horas da manhã no Brasil e então vim adiando.
    Hoje enfim chegou o dia da Street Art, ou alguma coisa assim qual eles me disseram levar. As aulas passaram rápidas e eu ainda tenho uma relutância a conseguir entender as aulas completamente, mas eu me esforço, e sei que vai melhorando com o tempo. Ao chegar em casa almocei com a Maria e com Larissa como fizemos nos últimos dias, fiz o dever e logo fui me arrumar para ir ao encontro dos quatro.



Aidan: cadê você, Mel?
Melissa: Melo*
Melissa: estou chegando, 5 minutos!
Andre: correeeeee 
Andre: 

Bloqueei a tela do celular e desci as escadas rapidamente.

- Mary - chamei a Maria e ela apareceu na sala com Larissa no colo - estou indo, ok?
- Ok! Posso te esperar para o jantar? - ela me perguntou
- PLEASE! - soltamos uma risada, me despedi dela com um beijo na bochecha e um na testa de Larissa e logo fui ao encontro do motorista que m levou até eles próximo a estação de trem.


- Olá - saudei-os com um sorriso no rosto
- Olá - eles responderam e nos cumprimentamos
- Finalmente, hein, Mel? Já estávamos indo sem você - disse Andre
- Sorryyyy, mas a Melo - dei ênfase no apelido - aqui não é tão rápida para se arrumar, mores - sorri novamente - fora o trânsito que estava hor-rí-vel!
- Pelo menos estava no confortavelmente sentada em um banco de couro provavelmente tomando um suquinho de laranja - disse AnMarie
- E que banco, hein? - comentou Andre, falávamos enquanto descíamos as escadas - de motorista particular e com um baita de um carro! Ta podendo hein, mona? - rimos
- Na verdade era um café - estiquei o braço mostrando o copo - e não por minha vontade com o motorista e o banco, mas tudo bem.
- Como não? Miga, você diz isso porque bem provavelmente nunca teve de sentar naquele banco duro do ônibus - disse Liza
-Vou experimentar hoje o do metrô! - tentei 
- Ainda o do metrô é melhorzinho, mas o do ônibus ninguém merece! Sorte a sua de nunca ter que ir de um ponto final ao outro com a bunda prestes a ficar quadrada! - disse Andre e rimos

Pegamos as passagens passamos para valida-la e já entramos no vagão. Fomos por todo o caminho conversando e rindo MUITO! Andre não deixava uma piadinha se quer passar, Liza ainda soltava alguns comentários desnecessários, AnMarie soltava gargalhadas que contagiava a todos e eu e Aidan apenas observávamos uns aos outros enquanto dividíamos o meu café que eu já não aguentava mais tomar e íamos soltando alguns sorrisos e risadas apenas para não sermos "os chatos" mas as piadinhas sempre tinham a ver com um de nós dois, então não era "evitável" a cara de paisagem. 

Não demoramos muito para chegar, era um lugar até que bem movimentado e bem bonito. Não era uma galeria, mas também não era na rua como eu imaginei, eram como galpões ENORMES com MUITO grafite por todo o lugar. Eles se completavam e tinham uma harmonia linda. Aidan fazia questão de me mostrar cada cantinho dos imensos galpões com a maior calma e paciência do mundo, Liza, AnMarie e Andre tinham de fazer gracinha, mas eu sabia que não era nos sentidos que eles colocaram que ele estava me ajudando tanto nos últimos dias.

- Ai, se o casalzinho não for demorar muito enquanto falam demais, nós estamos com fome! - disse Liza
- Menos, Liza, bem menos - disse Aidan
- Calma ai, Aidan, não precisa ficar nervoso só porque a Melissa esta do seu lado - os três riram, mas ele me olhou com uma cara de "desculpa por isso"
- Tudo bem - eu respondi e alisei suas costas
- Espero que seu namorado nunca ouça esses comentários - ele comentou
- Nem eu. Mas ele não vai saber, pelo menos não por mim - sorri e fomos até uma feirinha de food trucks que estava na rua ao lado. Eles comeram hambúrguer e batata frita com quase 1 LITRO de refrigerante CADA UM! Essa vida estadunidense realmente apenas me espantava, hahahahaha. 

- Não vai comer, Melissa? - perguntou Aidan
- Vou comer em casa, obrigada - sorri gentilmente
- Owns, gente, ele se importa até se ela esta comendo ou não. Que fofo! - disse Liza
- Liza! Por favor! - repreendeu Aidan
- Nossa, só uma brincadeirinha, Aidan! - ela respondeu de volta
- Mas pode comer aqui, Melo, nõ vai ter uma intoxicação alimentar por comer um lanche na rua - soltou Andre
- Não é por isso não, Andre, eu só combinei de jantar em casa.
- Queria eu pais assim, que não dispensam um jantar em família - disse AnMarie
-Talvez desse certo se nossos pais fossem casados, An - respondeu Aidan e ela sorriu torto
- Eu gostaria também, An - eu respirei fundo - não são meus pais quem estão me esperando não, é a Maria.
- Sua irmã? - perguntou Liza
- Não, minha irmã na verdade nem come - eu dei uma breve risada - ela tem 5 meses, Maria é minha "empregada" - fiz aspas com os dedos.
- Por quê das aspas? - Aidan quis saber
- Eu já nem considero ela mais como empregada, é como uma amiga, uma tia, que faz pare da minha vida a 16 anos.
- Ah, legal - Liza tentou ser simpática - Eu sei bem como é, meu pai também trabalha muito, ele é advogado, quase não fica em casa, na maioria do tempo sou eu e minha mãe o dia todo em casa.
- Não temos muito esse problema em casa, nossa mãe passa o dia em casa e como quase nunca vemos nosso pai, é insignificante sua falta, pelo menos a mim, então já até me acostumei - disse Aidan seguindo por um gole no refrigerante e AnMarie concordou com a cabeça
- Minha família é quase como a sua, meus pais pensam mais no trabalho do que em si mesmos, quem dirá em mim e em meus irmãos, então as vezes que estamos juntos duram no máximo dez minutos, e eu não estou brincando, meu pai, quando esta em casa, vive dentro do escritório ou discutindo com o meu irmão mais velho. 

Ficamos em "silêncio por alguns minutos, digo silêncio pois o que pairava era o barulho do canudo ou das mordidas. Mas Andre resolveu por dar fim ao silêncio:

- Melo, posso te fazer uma pergunta? 
- Claro - respondi e dei um sorriso simpático
- Com o que seus pais trabalham? - ele perguntou me olhando nos olhos
- Hã... - eu engoli a seco - eles... - eu realmente não sabia o que dizer, não sabia se eu tinha medo, receio, ou sei lá, mas não me sentia preparada - eles são empresários! - soltei e em seguida meu celular tocou me salvando de mais perguntas
- Ah - ele respondeu não muito convencido.
- Só um minutinho, gente - me levantei e me afastei um pouco deles para atender ao telefone.

- Gente, desculpa, mas eu vou ter ir - disse voltando para perto deles
- Aconteceu alguma coisa? - perguntou Aidan
- Alguns problemas lá em casa, pra variar - respondi virando os olhos
- Tudo bem, nós também já estávamos querendo ir embora, né? - disse Andre tentando ser simpático e os outros concordaram com a cabeça.
- Meu motorista já esta chegando, se quiserem eu dou uma carona para vocês - comentei 
- Bom, eu não sei vocês, mas eu prefiro um banco de couro a aquele duro do ônibus - disse Liza e nós rimos. Esperamos um pouco e logo o carro chegou.

Me sentei em um canto enquanto olhava a paisagem passando do lado de fora. Andre, Liza e AnMarie conversavam e riam e ainda colocavam a cabeça para fora do teto solar. Aidan me olhava meio discretamente, mas eu ainda sim conseguia vê-lo.

- Esta bem? - ele me perguntou meio sem jeito
- Vai ficar - eu sorri de lado
- Quer conversar? - ele perguntou gentilmente
- Eu agradeço mesmo sua preocupação, Aidan, mas não tenho muito o que dizer, é só minha cabeça que ainda esta meio fora de lugar, essa coisa da mudança e tudo mais.
- Bom, se precisar, já sabe - ele respondeu segurando minha mão
- Sei sim - sorri e apertei um pouco a mão dele como forma de um "obrigada".
-  Ah, e pode nos deixar no metro, é melhor para voltarmos para casa - ele comentou mudando de assunto
- Não, te deixo na sua casa, não tem problema - respondi
- Realmente não precisa, Melo, nós moramos um pouco longe e de metrô vai ser mais fácil - ele respondeu
- É pra mim também, Melo, a estação do metrô sai praticamente na minha rua - disse Andre
- Então ta, se preferem... - avisei o motorista e em poucos metros paramos o carro.

- Tchau - Aidan disse quando saiu 
- Tchau - nos abraçamos - e obrigada pela preocupação
- Não precisa agradecer, sempre que precisar - sorrimos um para o outro e me despedi de AnMarie e Andre.

- Melo, fala a verdade - começou Liza quando já estávamos a caminho da casa dela - você esta gostando do Aidan, né?
- Como assim, Liza? - disse envergonhada - eu o conheço a quatro ou cinco dias, fora que eu tenho namorado!
- Aaah, Melo! Em cinco dias dá sim para, pelo menos, ter um afair, vai? E seu namorado ta bem longinho daqui.
- Eu amo o Brian, Liza, e o Aidan esta sendo apena um ótimo amigo para mim.
- Pelo o que eu bem conheço o Aidan, ele não esta sendo apenas "um ótimo amigo" - ela fez as aspas com as mãos.
- Acha mesmo que ele esta gostando de mim?
- Só não acho como tenho certeza! O Aidan não trata as outras amigas dele com o mesmo carinho que ele te trata.
- Mas o Aidan não é...? - eu deixei que ela terminasse
- Gay? - ela riu, e muito, mas continuei séria sem entender - claro que não, Melissa! 
- Não fala isso pra ele, pelo amor de Deus, Liza!
- Pode deixar, mas, ai - ela ainda ria - foi engraçado. Mas ele não é não, só é carinhoso mesmo.
- Então ta - encostamos no banco e fomos o resto da viagem em silêncio

Entrei em casa e os dois estavam andando de um lado para o outro, não conversavam, não se olhavam, apenas se limitavam aos seus prórpios "eus".

- Boa noite - disse entrando. Não parei para cumprimenta-los e também não olhei para eles, apenas fui subindo as escadas em direção ao meu quarto.
- Melissa - disse minha mãe, o que me fez parar no meio da escada - vem aqui - ela disse em tom de ordem mas continuei de costas e parada no mesmo lugar
- Estou cansada, vou dormir - falei e me pus novamente a subir as escadas
- Melissa, sua mãe mandou você descer - foi a vez dle por a voz para funcionar
- Eu já disse que estou cansada.
- Nós também estamos cansados e ficamos esperando você até agora aqui - Melanie estava prestes a gritar - então desce aqui agora!

Respirei fundo e desci as escadas olhando para os lados e me sentei no sofá como me ordenaram.

- O que deu em você em sair e não nos avisar? Não sei se você se lembra que ainda tem quinze anos e nos deve satisfações sim! - disse la
- Eu avisei a Maria - respondi ainda olhando para os lados
- A Maria não é a sua mãe, Melissa! - Chay lembrou o óbvio
- olha, querem saber? - me levantei - se vocês estivessemaqui em casa, atendessem o telefone, ou ao menos falassem comigo, saberiam onde eu estava e estariam se poupando de falar tudo isso. Mas não, é muito melhor ficar na frente dos flashs e dos holofotes, não? - eles se manteram em silêncio - tem quase duas semanas que estamos aqui e vocês sabem quantas vezes jantamos juntos? Ou se quer nos vimos? - os dois se manterem calados - eu não digo nem por mim, sabe? É claro que eu sintoa falta de estar com vocês, mas, e a Larissa? Ela não tem nem 5 meses e vocês nem a vêem direito. Ela sim precisa de vocês! Ela precisa de pais para poder educa-la! E se a única imagem de responsabilidade, de adukto e de educação que temos é a Maria, então eu sinto muito, mas é ela quem a Larissa vai ter como figura de mãe. E quem vai saber onde eu estou também será ela - respirei fundo - então, se me dão licença, eu vou para o meu quarto - voltei a subir as escadas - e ah! - virei para eles novamente - quando tiverem um tempinho para ela, tentem não fazer o mesmo que fizeram comigo, ta? - me virei novamente e subi os degraus. 

POV'S Melissa off


Sophia, Micael, Kamila e Enzo estão sentados a mesa discutindo sobre como passaram o dia enquanto jantam. Os pais e Kamila riem enquanto vêem um vídeo viral no Youtube mas o garoto apenas balança o garfo de um lado para o outro com a cabeça longe.

- Enzo, esta tudo bem? - perguntou Micael parando com a risada e percebendo o filho, mas ele não respondeu
- O Enzo - Kamila o cutucou
- Oi - ele soltou o garfo e voltou a atenção para a família
- Esta tudo bem? - perguntou a mãe
- Aham - ele voltou a abaixar a cabeça
- Enzo - Micael foi mais firme
- Que foi? - desta vez o menino se irritou - será que eu não posso nem ficar quieto que já é problema pra vocês? COMIGO - ele pois ênfase - não esta acontecendo nada, não fisicamente, mas dentro da minha cabeça - ele apontou - esta tudo tão desorganizado, sem sentido - ele começou a chorar - e dentro do meu coração - ele abaixou a voz - esta doendo tanto, tanto - todos os outros agora apenas olhava Enzo, sem saber o que dizer - e por favor, não digam que isso é "coisa da idade" e que vai passar por que não vai! - ele voltou a falar alto - porque eu tenho certeza que é muito pouco provável que outros garotos da minha idade tenham uma namorada que vai morrer

O silêncio continuou.

- Com licença - ele se levantou e foi para o seu quarto
- Enzo - Sophia se levantou 
- Não, amor, deixa ele - Micael a puxou de volta para a mesa e continuou o silêncio pelo resto do jantar, e da noite.

A noite se foi nas duas partes da América e eles se punham de pé para o outro dia. Matheus e Manuela se encontram no hall do prédio, os dois não se falavam direito desde a noite em que passaram juntos e isso estava incomodando, principalmente, Matheus.

- Oi, amor - disse o menino 
- Oi - Manuela respondeu e os dois se cumprimentaram com um beijo
- Esta tudo bem? - ele perguntou
- Esta sim - ela respondeu mas olhava para os lados até que saíssem do prédio
- Não, Manu, para - ele a segurou pelo braço
- Que foi, Matheus? - ela olhava pra baixo
- Olha pra mim, por favor - ela voltou os olhos para ele - o que esta acontecendo?
- Ué, nada 
- Eu sei que esta acontecendo alguma coisa, Manu, você não fala comigo desde segunda, eu te ligo você diz que não pode atender, eu vou na sua casa você sempre esta no banho, assim não da.
- Eu só ando meio ocupada.
- Não foi bom pra você? Pode falar
- Não é nada disso, Matheus, foi maravilhoso. Eu só... - ela respirou fundo - eu estou com vergonha, é isso - ela se virou de costas e ele sorriu de canto
- Vergonha, Manu, sério?
- É, Matheus, qual o problema?
- Justamente! Qual o problema? Não precisa ficar com vergonha, Manu - ele a virou de volta - foi incrível e eu te amo. Sei eu me ama e o que aconteceu foi só uma consequência - ele a juntou com seu corpo - a gora não precisa ficar assim, tá?
- Ta bom - ela sorriu, eles se beijaram e foram para a escola.

-----------------------------------------------------------------------------

E ai, amores? Gostaram?

Não se esqueçam de comentar. Obrigada por ler.