Imagine ChaMel - 3° Temporada

Capítulo 22 - Melanie vai para o hospital

Pov’s Melissa

Chegamos no médico, logo fui chamada. Lua me deu um beijo na testa e disse “Vai dar tudo certo”, bom eu realmente ainda não acreditava nesta tese. O médico disse “Bom dia, como esta?” e eu não estava bem, mas afirmei com a cabeça e sorri.

- Vou te fazer algumas perguntas, responda apenas se estiver confortável

- Tudo bem – respondi me ajeitando na cadeira

- Se sente bem com seu corpo?

- Sim

- Seu rosto?

- Sim

- Sua beleza?

- Sim

- Suas cicatrizes?

- As vezes

- Quando foi seu primeiro corte?

- Há um ano

- Motivo?

- Uma discussão

- Com quem?

- Meu pai

- Se sentiu bem?

- Aliviada

- Como foi a experiência

- Boa

- Gosta disso?

- Na hora sim, depois sinto um pouco de culpada

- O que seus amigos te falaram?

- Que eu conseguiria sair desta

- Seus pais?

- Estão tentando me ajudar

- Se arrepende?

- Nem sempre

- Por que faz isso?

- Me alivia

- Ótimo – disse ele fazendo algumas anotações

- Acabou?

- Não – Ele me olhou – sei que não queria estar aqui

- É eu não queria

- Então porque disse que estava bem?

- Digo que estou bem para evitar perguntas

- Bom, acho que te contrariei – rimos – você sempre esta sorrindo

- Posso não estar nos meus melhores dias, mas nunca irei negar um sorriso verdadeiro para quem me faz bem. Posso não estar bem, mas faço de tudo para ajudar as pessoas que precisam de mim. Eu gosto de ver as pessoas sorrido

 - Isso é muito bom

- É – conversamos mais um pouco. As horas voaram e logo fui dispensada. Confesso que gostei da experiência, é bom conversar com as pessoas que te entendem, e a menos te ouvem. Pedi para que minha madrinha me deixa-se na casa de minha tia Anelise. O astral lá é bom e gosto de conversar com ela. Lua me perguntou se não queria ir para sua casa e mais tarde conversar com Brian. Disse que eu precisava pensar e que mais tarde talvez fosse até lá. Ela me deixou na casa de minha tia e me abraçou, foi como o abraço de Brian, o que me fez soltar um pequeno sorriso.

- Oi tia – disse ao vê-la

- Oi Melo – ela me abraçou e me convidou pra entrar. Entramos e o cheirinho de felicidade já passava pelas minhas narinas. Não que em minha casa não tivesse este “cheiro”, mas sei lá, ali era mais intenso. Perguntou-me de onde eu vinha e respondi, após contei tudo o que estava acontecendo. Ela me contou de uma ídola dela, Demi Lovato, e como ela foi forte para suportar tudo o que aconteceu na sua vida, até chegar a fama. E mostrou algumas fotos dela, e sua tatuagem nos pulsos “Stay Strong”, me mostrou entrevistas dela dizendo sobre sua fase no cutting, após escreveu a frase em meu pulso com uma caneta esferográfica, como ela disse, ficam muito melhores no lugar das cicatrizes. Almoçamos e a Bia chegou da escola. Conversamos durante a tarde, Bia falou sobre sua ficada com Thomas, Ane sobre algumas coisas do casamento, e eu de Brian. Enquanto Beatriz fava era como se eu ouvisse meu nome e de Brian, ao invés de “Eu e Thomas”. Elas me disseram que eu deveria ir falar com ele. E me desculpar. Antes de anoitecer fui caminhando até a casa de meus padrinhos. Fazia calor, fiz um coque com meu cabelo e prendi com o próprio. “Ele está lá em cima” disse Lua sorrindo, talvez feliz por me ver indo resolver as coisas com seu filho, ou apenas por educação.

Ele dividia a atenção entre a televisão e o celular, estava sem camisa, e foi estranho pois meu  corpo se arrepiou. Bati na porta e ele respondeu “Entra” sem prestar muita atenção. Abri a porta e fiquei parada, a espera de que ele me olhasse.  Mas era o contrário, eu apenas o olhava, percebi também que ele apenas vestia cueca, não percebi apenas isso, mas o quanto sua voz, seu cheiro e seu abraço me faziam falta, mesmo que com apenas um dia sem falar com ele. “Entra” ele repetiu, e agora me olhou. E assim ficamos, trocando olhares.

- Vai ficar ai? – ele soltou

- Posso me sentar?

- Claro – ele tirou controle da televisão da ponta da cama onde me sentei

- Não vai se vestir?

- Já me viu tantas vezes assim, achei que tinha se acostumado

- Entre te ver de sunga e de cueca são ocasiões diferentes

- É a mesma coisa

- Ah não é não

- O que quer dizer com isso?

- Nada – sorri torto

- Por que veio aqui? – ele me perguntou vestindo um short

- Vim conversar com você

- Ah, agora você quer conversar

- Brian – abaixei a cabeça

- Não vem dizendo meu nome com essa voz não, que a errada aqui é você

- Sei que sou errada. Desculpe-me

- O.k

- Não vai dizer nada?

- Quer que eu diga o que? Que eu sou errado e que peça desculpas?

- Claro que não

- Ótimo

- O Igor é só meu amigo

- E o que eu tenho a ver com isso?

- Que você tem ciúmes de me ver conversando com ele

- Não tenho ciúmes de você

- Tem sim

- Não

- Assume!

- Ta, um pouco

- AWN

- Sem awn’s

- Fofo?

- Não

- Para vai, eu quero um abraço. Hoje sua mãe me abraçou, vocês abraçam igual

- Acho que é porque ela é minha mãe

- Bobo – nos abraçamos. E ele me beijou de surpresa. Foi bom e mágico.

Deitamos abraçados e ficamos vendo TV. A meio de trocas de caricias.

- Posso entrar? – Lua bateu na porta e rapidamente nos soltamos e me sentei.

- Pode, mãe – Brian respondeu e madrinha entrou

- Atrapalho?

- Não – respondemos em uníssono

- Melo, a sua mãe foi para o hospital...

- Ai meu Deus, o que aconteceu com ela? Ela esta bem?

- Calma, ela esta bem. Não tenho muitas informações, mas seu pai disse que ela esta bem

- Eu quero ver minha mãe

- Calma Melo, minha mãe já disse que ela esta bem

- Ela precisa de mim, eu sei, alguma coisa aconteceu

- Amanhã você fala com ela. Hoje dorme aqui

- Madrinha, me leva até lá por favor

- Não poderá vê-la

- Ela é minha mãe, por que não?

- São regras do hospital

- Esta bem – me sentei novamente

- Vou pedir pra Ana preparar alguma coisa – disse Lua e se retirou

- Hey – virei para ele – ela esta bem linda

- Como me chamou?

- De linda

- Depois você não gosta de awns

- Não chamo mais

- Chama de novo

- Não

- Vai por favor

- Linda

- De novo

- Linda

- Ai que perfeito – rimos e continuamos a ver TV, mas me pensamento apenas ficava em minha mãe.

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