Thursday, January 2, 2014

Imagine ChaMel - 3° Temporada


Capítulo 13 - Melanie descobre o sexo do bebê

Após uma hora, Anelise e Caio vão embora da casa de Luiza e Henrique. Os pais vão até o quarto da filha mais velha, Manuela. A menina esta na cama deitada fitando o teto, os dois batem na porta fazendo com que a menina voltasse de seus devaneios e se sentasse. Os pais trocam um olhar conclusivo e entram no quarto. 


- Eu quero... - Tentou Manuela

- Não dia nada - Cortou Luiza - Agora você ouve
- O que você tinha na cabeça em entrar em uma boate? E ainda com RG falso? - Perguntou Henrique
- Eu..
- Calada! - Luiza cortou novamente - E se a Ane e o Caio não tivessem chego? O que você estaria fazendo até agora? 
O silêncio tomou conta do apartamento
- Eu fiz uma pergunta Manuela!
- Você pediu para que eu ficasse quieta - Respondeu a filha confusa
- Agora é para você responder - Disse Luiza nervosa
- Amor, vai deitar, eu falo com ela - Pediu Henrique mantendo a calma e Luiza saiu
- Pai, você vai me escutar?
- Vai fala - Henrique se sentou e Manuela contou a noite
- Entendeu? Eu não quis pai, ele me obrigou. E na hora que eu decidi vir sozinha a Ane chegou
- Você fez alguma coisa mais com esse RG? - Perguntou Henrique com a cabeça apoiada nas mãos
- Não, pai, claro que não
- Ótimo - Concluiu Henrique respirando fundo
- Acredita em mim? - Manuela chorava freneticamente
- Claro. Espero apenas que não faça-me deixar 
- Eu não vou - Os dois sorriram
- Agora dorme. E vamos esquecer esta noite - Henrique deu um beijo na testa da filha
- Você vai falar com a minha mãe?
- Vou tentar - Henrique olhou para a filha e saiu do quarto.


A madrugada passou e a manhã chegou. O café da manhã da casa de Chay e Melanie foi em silêncio, nenhum membro trocou um suspiro que fosse. Já na casa de Micael e Sophia foi agitada pela briga entre irmãos. Enquanto na casa de Lua e Arthur foi calma, como todos os dias. O clima entre Luiza e Manuela não amenizou e Henrique e Estela ficam perdidos no meio do campo minado.



- Bom dia - Disse Melissa se aproximando dos amigos

- Bom dia - Os três responderam
- Esta melhor? - Perguntou Megan baixinho
- Hum-hum - Melissa respondeu baixinho
Os quatro ficaram em silêncio por um tempo. Kamila entrou na sala e ela e Melissa trocaram um olhar com saudade. Mas logo as duas viraram o rosto novamente e todos se sentaram.


- Terminou o Cidade de Papel? - Perguntou Melissa virando para o lado

- Terminei. Muito bom. Deveria ler
- Vai ser o meu próximo. Mas estes dias nem vontade de ler estou tendo
- Menina, desanima não. Coloca um sorriso no rosto e bora mostrar que esta feliz
- Não é tão simples
- É só tentar - As duas sorriam - Viu só? Não é difícil

A aula começou e Melissa virou para frente. Trocava olhares rápidos com Kamila que também fazia questão de ignora-la e vise-versa. A manhã passou e os alunos foram liberados.
Melissa juntamente com Brian e Megan caminhavam até a saída do colégio.


- Hey, Melissa - Uma menina série depois de Melissa a chamou

- Oi - A menina virou para traz
- Lembrei que você - Ela entregou uma caixinha - Espero que goste. Faça bom uso - A menina sorriu sarcástica e passou os três
- Você a conhece? - Perguntou Megan
- Não. Nunca nem a vi
- Se não me engano ela é do Ensino Médio - Disse Brian. Melissa abriu a caixinha e balançou a cabeça negativamente segurando o choro
- O que é? - A ruiva perguntou
- Lâminas de barbear. Olha talvez seja bem útil - Ela correu na frente e saiu da escola
- Coitada
- Não precisa ter dó dela, Megan. Asseguro-lhe que é a última coisa que ela precisa - Disse Brian também caminhando até a saída


Pov's Melissa

Cheguei em cara rápido. A escola é fica a penas a algumas quadras. Subi o mais rápido que consegui, eu só queria um lugar que pudesse chorar em paz, sozinha. Parece que o universo esta conspirando a me odiar. Por quê tudo sempre da errado? Por quê nada pode ser normal? Ou pelo menos um pouco. Eu queria apenas ser feliz, será que é pedir muito? Ou serei incriminada para sempre? São muitas perguntas sem respostas. 
Tem dias que da vontade de sumir, ir pra bem longe. Sem avisar ninguém. Mas ai eu penso nos meus pais e o quão tristes e desesperados eles ficariam. Mas eu não tenho culpa que todos me odeiam. E essa de todos me odiarem me da medo. Sim medo. Medo de me esquecerem. É tolo mas é verdade. Eu queria não sentir medo, mas meu extinto faz com que. Se sou uma garota mimada? Sim sou. Gostaria que pelo menos uma pessoa ficasse feliz ao pensar em mim. Sem que fosse minha mãe ou meu pai. Mimada também por não querer um irmão. Mas convenhamos que é desnecessário, mas na cabeça de meus progenitores vai ser bom aumentar a família. Ainda não entendi muito bem, quem sabe um dia eu entenda. 
Odeio aquele sentimento de quando você não esta necessariamente triste, mas se sente vazio e todos parecem te ignorar. Isso dói, e muito. E a minha promessa com o Brian  cada segundo parece que será rompida. Eu odeio romper promessas, mas esta foi apenas para que ele se sentisse bem. Outro problema meu, prefiro o conforto dos outros que o meu próprio. O mundo lá fora me julga, me condena e me incrimina. E a verdade é que nenhum deles me conhece. E mesmo assim não consigo pensar na hipótese de conseguir vencer esta coisa horrível que faço. Eu digo que é horrível mas é a minha forma de me aliviar. Chorando também. Mas as vezes apenas chorar não é suficiente, e tenho que me mutilar. Eu me arrependo, porém quando percebo, já é tarde demais. 


 - Oi, Brian? - Disse com a voz embragada ainda pelo choro

- Oi Melo. O que foi?
- Eu prometi. Mas eu não consigo. Me desculpe - Chorei ainda mais
- Melo, não, por favor
- Não se preocupe, eu vou ficar bem
- Vai ficar melhor se não fizer nada - A voz dele soava desesperada
- Desculpe-me - Desliguei o celular e com aquelas lâminas que havia ganho mais cedo, seriam usadas. Como sempre me refugiei no banheiro e desta vez os cortes foram em minhas pernas, na parte superior da coxa. Os braços estavam evidentes e as cicatrizes ainda não tão curadas. E ali, no meio do banheiro, eu cometi novamente a pequena parte do meu demorado suicídio.


Pov's Brian



Após a ligação não sabia por onde começar. Tentei inúmeras vezes ligar novamente, em vão. Então corri até a sala onde meus pais conversavam, abri a porta rapidamente e a voz preocupada de meu pai soou:

- Aonde vai?
- Salvar a Melissa - Foi o que eu consegui dizer.
O elevador demorou então corri pelas escadas abaixo. Destranquei minha bicicleta das correntes e corri para lá. Eu sentia que ela precisava de mim e eu apenas queria abraça-la e dizer que tudo vai ficar bem. 


Cheguei logo, subi rapidamente também. O porteiro me conhecia e sabia meu destino. Deixei a bicicleta onde é a vaga da Melissa. Subi e a porta estava apenas presa com a corrente que uni a porta ao batente. Consegui destrancar e subi as escadas pulando os degraus para ir mais rápido. Cheguei em seu quarto, a porta estava encostada e pudi ouvir seu choro. E aquela angustia de saber que ela estava sofrendo crescia cada vez mais. Caminhei lentamente até o banheiro e abri a porta. Ela fitava suas pernas e eu apenas o chão ensanguentado. Me agachei e ela rapidamente me abraçou, molhando meu ombro. Eu respondi ao ato em forma de segurança. Trocávamos força por ali. E aquilo me fazia bem. Como seus abraços sempre me fizeram.

- Vai ficar tudo bem. Eu acredito em você
- Não vai, Brian. Eu não consigo
- Você é forte, e sabe disto. Quero pensamentos positivos - Ela me olhava com dor
- Eu odeio pensar positivo. Gosto de pensar negativo porque se der certo vou me surpreender, e se der errado não vou me decepcionar
- Mesmo que tudo esteja difícil, sorria. Ele ilumina os dias de muitos
- Eu sei que não. Mas sorriu apenas para verem que estou bem. Mesmo que eu esteja mal
- Sorria por vontade. Seu sorriso é lindo, Melo. Gosto de te ver sorrir
- Eu não quero sorrir. Só quero gritar. Que esta doendo.


Pov's Brian Off



Melanie juntamente com o marido aguardam para fazer a ultrassom. O médico se aproxima a anuncia que é a vez de Melanie. Os dois entram no consultório.



- Boa tarde - A doutora disse

- Boa tarde, Dr.Michele 
- Como anda o bebê?
- Bem. Graças a Deus - Respondeu Melanie
- E você?
- Também - Ela sorriu. A doutora entregou a roupa para a mulher que foi até o banheiro se trocar. Não demorou muito para que começassem a sessão.


- Será que agora é um meninão? - Perguntou Chay tentando entender olhando o visor

- Será? - A doutora sorriu
- Desisto de tentar achar um feto aqui. Parece mais um buraco escuro - Disse Chay
- Amor - Repreendeu Mel
- É sempre assim - Disse a doutora - Olha só 
- O que foi? - Perguntou a mulher
- Já posso confirmar o sexo a vocês. Parece que alguém resolveu nos deixar vê-lo hoje
- Então diga - Pediu Chay
- É uma linda menina.


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Hey amores, gostaram? Como passaram o Ano Novo? Espero que bem, desejo um 2014 repleto de coisas boas. 


(Gostaram do novo? E do lay? *-*)

Comentem o que acharam. Obrigada por ler.

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